quarta-feira, 6 de maio de 2009

Gripe Suina


Gripe Suína



Forma de contágio

A gripe H1N1 2009 é uma doença causada por um vírus que pode atacar humanos
A contaminação se dá da mesma forma que a
gripe comum, por via aérea, contato direto com o infectado, ou indireto (através das mãos) com objetos contaminados. Não há contaminação pelo consumo de carne ou produtos suínos. Cozinhar a carne de porco a 70 graus Celsius destrói quaisquer microorganismos patogênicos. Não foram identificados animais (porcos) doentes no local da epidemia (México). Trata-se, possivelmente, de um vírus mutante, com material genético das gripes humana, aviária e suína.
O vírus da
gripe suína (não o vírus Influenza A/H1N1 que está actualmente infectando as pessoas) causa uma doença respiratória altamente contagiosa entre os suínos, sem provocar contudo grande mortalidade. Habitualmente não afecta humanos; no entanto, existem casos esporádicos de contágio, laboratorialmente confirmados, em determinados grupos de risco. A infecção ocorre em pessoas em contacto directo e constante com estes animais, como agricultores e outros profissionais da área. A transmissão entre pessoas e suínos pode ocorrer de forma directa ou indirecta, através das secreções respiratórias, ao contactar ou inalar partículas infectadas. O quadro clínico da infecção pelo virus da gripe suína é em geral idêntico ao de uma gripe humana sazonal.
Os suínos podem igualmente ser infectados pelo virus da
influenza humano, assim como pelo virus da influenza aviário e pelo suíno. Quando os vírus da influenza de diferentes espécies infectam simultaneamente o mesmo animal (como por exemplo o suíno), podem reorganizar-se geneticamente e originar uma nova estirpe de vírus, tal como aconteceu actualmente com a emergência deste novo virus circulante Influenza A/H1N1. A análise do vírus sugere que ele tem uma combinação de características das gripes suína, aviária e humana. Especificamente esta combinação, não havia sido vista até agora em humanos ou em suínos, e a sua origem é ainda desconhecida. Mas, felizmente, a conclusão inicial é a de que o vírus se espalha mais facilmente entre os porcos, e o contágio de humano para humano não é tão comum e simples quanto o da gripe comum.
O virus é transmitido de pessoa para pessoa, e o papel do suíno na emergência desta nova estirpe de virus encontra-se sob investigação. Contudo, é certo que não há qualquer risco de contaminação através da alimentação de carnes suínas cozinhadas. Cozinhar a carne de porco a 71 graus
Celsius mata o vírus da influenza, assim como outros vírus e bactérias. [7]

Sintomas

Sintomas
Assim como a gripe humana comum, a influenza A (H1N1) apresenta como sintomas febre repentina, fadiga, dores pelo corpo, tosse. Esse novo surto, aparentemente, também causa mais
diarreia e vômitos que a gripe convencional.

Tratamento
De acordo com a
OMS, os medicamentos antiviral oseltamivir e zanamivir, em testes iniciais mostraram-se efetivos contra o vírus H1N1.[8]
Ter hábitos de higiene regulares, como lavar as mãos, é uma das formas de prevenir a transmissão da doença.[9]

Polêmica

Passageiros do metrô na Cidade do México usando máscaras de proteção em 24 de Abril de 2009.
Os
suinocultores, temem um impacto negativo sobre as vendas de carne de porco. O governo egípcio ordenou, por causa da gripe, o sacrifício de todo o rebanho suíno daquele país (estimado em 300 mil cabeças). Propuseram mudar o nome da doença de gripe suína, para 'gripe mexicana', já que a doença surgiu no México, ou "gripe norte-americana", já que teria surgido simultaneamente no México e no sul dos Estados Unidos, e uma vez que o consumo de carne suína não transmite a doença.
O
Brasil é o quarto maior exportador mundial de carne suína. Ao final de 2008, tinha exportado 1,48 bilhão de dólares (pouco mais de três bilhões de reais) – um aumento de 20% em relação a 2007. Em 28 de abril, a Associação Brasileira da Indústria Produtora e Exportadora de Carne Suína (Abipecs), enviou à diretoria geral da Organização Mundial da Saúde, um pedido de mudança da denominação da gripe. [3]
Em 30 de abril, a OMS passou a referir-se à doença como influenza A ( H1N1), [10] e a comissária da Saúde da União Européia, Androulla Vassiliou, em comunicado à imprensa, falou em "nova gripe". [11] "O vírus é cada vez mais humano e cada vez tem menos a ver com o animal", explicou Dick Thomson, porta-voz da instituição.

Surto de 2009
Ver artigo principal: Surto de gripe suína de 2009

Mapa do surto de gripe suína no mundo.
██ Mortes confirmadas
██ Casos confirmados
██ Casos não confirmados
Neste momento há 1893 casos confirmados de infecção em 23 países, dos quais 942 foram registados no México, com 29 mortes, e 642 nos Estados Unidos, com dois casos fatais.
Países que apresentam casos de contaminação: Canadá (165); Espanha (73); Reino Unido (28); Alemanha (9); França (5); Itália (5); Nova Zelândia (5); Israel (4); Coreia do Sul (2); El Salvador (2); Áustria (1); Colômbia (1); Costa Rica (1); Dinamarca (1); Guatemala (1); Holanda (1); Hong-Kong (1); Irlanda (1); Portugal (1); Suécia (1) e Suíça (1)
[12].
Em sua escala de risco de pandemia, criada em
2005, na qual o nível máximo é 6, a Organização Mundial da Saúde aumentou o nível de alerta, em relação à influenza A (H1N1), de 4 para 5[13], sendo este o maior nível já registrado, desde a criação da escala.

Vacina
Existe uma
vacina para os porcos, porém ainda não se descobriu uma que possa ser utilizada pelos humanos.[14] A vacina destinada à prevenção da gripe "convencional" oferece pouca ou nenhuma proteção contra o vírus H1N1. O Japão anunciou que pretende desenvolver uma vacina eficaz.[15] Também o Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos (CDC, na sigla em inglês) estão a investigar formas de tratamento. O Instituto Butantan, em São Paulo, está colaborando com a Organização Mundial de Saúde em uma pesquisa para elaborar uma vacina preventiva contra a gripe suína e tem previsão de finalizar o processo dentro de quatro a seis meses.[16]
Todavia, segundo Karl Nicholson, da Universidade de Leicester, na Grã-Bretanha, se o vírus evoluir para uma pandemia, a primeira onda vai chegar e irá embora antes que uma vacina tenha sido produzida. [17]

Referências
O Globo. "OMS muda o nome oficial da epidemia de gripe para 'influenza A (H1N1)'". . (página da notícia visitada em 01/05/2009)
Ministério da Saúde. Portal da Saúde
3,0 3,1 3,2 Operamundi: Criadores de porcos temem prejuízo com gripe suína (página da notícia visitada em 29/04/2009)
AFP, 28 de Abril de 2009 OIE (Organização Mundial de Saúde Animal) diz que não há provas para atribuir a gripe suína aos porcos (página da notícia visitada em 01/05/2009)
Midiamais Cadeia produtiva diz que é "influenza norte-americana" e não "gripe do suíno" (página da notícia visitada em 29/04/2009)
G1. "Tire suas dúvidas sobre o risco e a prevenção da gripe suína". . (página da notícia visitada em 03/05/2009)
G1 Entenda como a gripe suína se espalha entre humanos
Tamiflu parece ser efetivo contra gripe suína, diz OMs.JC Online, 25 de abril de 2009. Acesso em 01 de maio de 2009.
Nova Escola - Plano de aula sobre Gripe Suína
EPTV OMS rebatiza a gripe suína para influenza A (H1N1) (página da notícia visitada em 30/04/2009)
EFE, 30 de abril de 2009UE aprova definição oficial européia para "nova gripe"
Influenza A(H1N1) - update 18 na OMS, actualização de 6 de maio de 2009, 16.00 GMT (em inglês)
Influenza pandemic alert raised from phase 4 to 5 - Declaração da OMS em 29 de abril de 2009 (em inglês)
G1 Entenda como a gripe suína se espalha entre humanos (página da notícia visitada em 29/04/2009)
Notícias Terra Japão tenta encontrar vacina contra gripe suína (página da notícia visitada em 28/04/2009)
INFO Online, 30 de abril de 2009 "Brasil ajuda criar vacina contra gripe suína", por Guilherme Pavarin
Estadão Vacina atual não protege contra gripe suína, dizem especialistas (página da notícia visitada em 28/04/2009)

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